Vento leva
Meu pente.
Tinha até um dente!
Procuro com lente,
Pela nuvem quente!
Cabelos em nó,
Pente no pó,
Estou tão só!
Só de dar dó!
Dó, ré, mi,
Fá, sol, lá, si
Canto para ti
Sopros de vento,
Agora bem lento.
Traz de volta,
Por favor, solta
Meu pente!.
Olha bem rente
Pelo pó,
Quente de dar dó,
Pela nuvem tão só!
Dó-ré-mi- fá-fá
Fá-dó-ré-dó-ré
Ré-ré-dó-sol-fá-mi!
Canto só para ti.
De repente,
Na boca da serpente,
Vejo meu pente.
Vento voando lento
entregou-me, sonolento,
pente e lente.
”São teus,
Não meus.
Não tenho cabelos
Nem pelos.
Lente queima meus olhos,
Já por demais vermelhos.”
Sussurrou rouca
A serpente.
Alada. a fada,
Pega pente, lente
E abraça a serpente!
Dó-ré-mi-fá-
Sol-lá-si-dó
De repente,
Kontente,
Rei do Poente,
Toma o lugar
Da serpente.
Fada e Kontente,
Então,
Lá se vão.
Sua direção:
Nuvens do Oriente.
Nunca mais
Cabelos em nó
Pente no pó
fada tão só
de dar dó!
Dó, ré, mi,
Fá, sol, lá, si
Canto agora só para ti
Foto by Mausilinda.
Linda e ritmada poesia. Adorei ! Muito lindo e bem inspirado,Mausi! beijos, tudo de bom e a foto TRIDI! chica
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Muito obrigada, Chica! bjs
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